Ostras

As pérolas são feridas curadas, pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância

estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.

A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar.

Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de

areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.

Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz

pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada…

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo? Já foi acusado de ter dito coisas que não

disse? Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas? Você já sofreu os duros golpes do preconceito?

Já recebeu o troco da indiferença?

Então, produza uma pérola!!! Cubra suas mágoas com várias camadas de amor..

Lenda Árabe

Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo

deserto e em um determinado

ponto da viagem discutiram. O amigo ofendido, sem nada

dizer, escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-

-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se

sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete

e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou: Por que depois que te bati,

você escreveu na areia e agora que te salvei, escrevestes

na pedra? Sorrindo, o outro amigo respondeu: Quando um

grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde

o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de

apagar. Porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar

na pedra da memória e do coração; onde vento nenhum

do mundo poderá apagar.

Ramo fraco x Ramos fortes

Ao colocar a lenha no fogão, percebeu que uma pequena vara havia se quebrado. Então, lembrando-se de

uma fábula, disse aos seus filhos: Uma vara sozinha é frágil e fácil de quebrar.

Mas se colocarmos juntas outras varas, formando um feixe, elas resistirão muito mais. Se vocês se unirem e

praticarem a justiça e o amor, apoiando-se mutuamente, serão fortes e vencerão mais facilmente as adversidades.

Assim, unidos, poderão crescer construindo uma realidade melhor. A pessoas que passam pela vida

feito pedras, agarradas a idéia de que não precisam mudar, pois não mudando estariam protegidas. Afinal

pedras não morrem… Pedras realmente não morrem, mas se submetidas a condições desfavoráveis viram-se

pó. Fazem-se areia… Mas há pessoas que aceitam o desafio de ser planta, viva, com ousadia de “deixar ser”

para vir a “ser”, com todos os riscos que isto envolve.

Porcos-espinhos

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação,

resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos

de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam

a se afastar uns dos outros. Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: desapareciam

da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que

o mais importante era o calor do outro. Sobreviveram!

A serpente e o vagalume

Conta a lenda que uma vez uma serpente começou

a perseguir um vagalume. Este fugia rápido, com

medo da feroz predadora e a serpente nem pensava

em desistir. Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias

e nada… No terceiro dia, já sem forças, o vagalume

parou e disse à cobra:

– Posso lhe fazer três perguntas ?

– Não costumo abrir esse precedente para ninguém,

mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar…

– Pertenço à sua cadeia alimentar ?

– Não.

– Eu já te fiz algum mal ?

– Não.

– Então, por que você quer acabar comigo ?

– Porque eu não suporto ver você brilhar…

Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar…

O grão de milho

Dois jovens caminhavam por uma estrada e encontraram

um grão de milho. Um deles, olhando para o

milho, comentou:

— Tive uma idéia! Com esse grão de milho podemos

ficar ricos! Plantaremos o grão, nascerá um pé de

milho e colheremos três espigas. Plantaremos as espigas,

colheremos um pomar. Plantaremos o pomar,

colheremos uma roça e daí em diante ganharemos

muito dinheiro.

— Excelente! – respondeu o segundo – Agora precisamos

decidir o que faremos com o dinheiro. Eu vou

comprar um belo carro conversível e uma casa na

praia, e você?

— Eu vou comprar uma caminhonete bem potente e

um sítio. Só que tem uma coisa: não vou deixar você

dirigir a minha caminhonete, você é muito desastrado,

barbeiro e vai estragá-la…

— Tudo bem. Você também não vai passear no meu

carro e muito menos dirigi-lo. Vou viajar e você não

vai comigo…

Após algum tempo de planos, discussões e troca de

insultos, passou uma galinha e comeu o grão

de milho.

O grão de milho representa os nossos sonhos, as

nossas oportunidades e a galinha representa o

tempo. Pense nisso, tire suas próprias conclusões

e semeie um ano cheio de oportunidades,

atitudes e vitórias.

Quedas…

Um feiticeiro africano conduz seu aprendiz pela floresta.

Embora mais velho, caminha com agilidade, enquanto

seu aprendiz escorrega e cai a todo instante. O

aprendiz blasfema, levanta-se, cospe no chão traiçoeiro

e continua a acompanhar seu mestre. Depois de longa

caminhada, chegam a um lugar sagrado. Sem parar, o

feiticeiro dá meia-volta e começa a viagem de volta.

– Você não me ensinou nada hoje – diz o aprendiz, levando

mais um tombo.

– Ensinei sim, mas você parece que não aprende – responde

o feiticeiro. – Estou tentando lhe ensinar como

se lida com os erros da vida.

– E como lidar com eles?

– Como deveria lidar com seus tombos – responde o

feiticeiro. – Em vez de ficar amaldiçoando o

lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.

“Se você se sente só é porque construiu muros em vez

de pontes.”

Unbuntu

Um antropólogo fez uma brincadeira com as crianças

de uma tribo africana. Ele colocou um cesto

cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as

crianças que o primeira que chegasse na árvore

ganharia todas as frutas. Dado o sinal todas as crianças

sairam ao mesmo tempo… e de mãos dadas!

Então sentaram-se juntas para aproveitar da recompensa.

Quando o antropólogo perguntou porque

eles haviam agido desta forma sabendo que um entre

eles poderia ter todos os frutos para si, eles

responderam: “Ubuntu, Como um de nós pode ser

feliz se todos os outros estiverem tristes”

UBUNTU na cultura Xhosa significa: “Eu sou porque

nós somos”.

Comportamentos de asas e gaiolas

“Na vida existem dois tipos de comportamentos que

são gaiolas e que são asas. Comportamento que

são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam

a arte do voo. Pássaros engaiolados são

pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono

pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados

sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros.

Porque a essência dos pássaros é o voo.

Comportamentos que são asas não amam pássaros

engaiolados. O que eles amam são pássaros em

voo. Existem para dar aos pássaros coragem para

voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer,

porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo

não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”

A magia dos girassóis

Nossos olhos são seletivos, nós enxergamos o que queremos ver e deixamos de ver o restante, também

chamado de ponto cego.

Escolha focalizar o lado melhor, mais bonito, mais vibrante das coisas, assim como um girassol escolhe

sempre estar voltado para o sol.

Muitas pessoas vivem se queixando e facilitam a chegada da depressão e é muito fácil encontrar motivos

para lamentos.

“Estou de baixo astral porque está chovendo, porque tenho uma conta para pagar, porque não tenho

exatamente o dinheiro ou aparência que eu gostaria de ter, porque ainda não fui valorizado, porque ainda

não encontrei o amor da minha vida, porque a pessoa que quero não me quer, porque…”

É fácil, muito fácil, pois é só querermos e termos ali, bem pertinho, motivos de sobra para nos agarrarmos

e justificarmos a situação.

É claro que existem momentos em que a gente não está bem. Faz parte da vida. Mas, mesmos nesses

momentos, devemos buscar, de forma contínua, ter atitudes e iniciativas que possam ir de encontro às

coisas boas.

Na natureza, existe uma flor que age dessa forma. O girassol.

O girassol se volta para o sol onde ele estiver. Mesmo que o sol esteja escondido pelas nuvens, lá está o

girassol dando costas à obscuridade das sombras e buscando, convicto e decidido, estar sempre de frente

para o sol. É esse exemplo que precisamos perseguir, aprendendo a realçar e valorizar tudo de bom

que recebemos da vida. Aprender a engrandecer pequenos gestos, positivos, e transformá-los em grandes

acontecimentos.

Quando fazemos algo de bom, mesmo que seja a simplicidade de uma pequena ajuda ou de um elogio,

coisas que nada custam, mas que geram felicidade para outra pessoas, são momentos de raro proveito

que ficam gravados no coração. O ser humano precisa de beleza. Não da beleza física, mas das

coisas belas como um todo. E principalmente da beleza que reside no âmago dos gestos, das pessoas

e que são captadas através dos nossos olhos.

Se tivermos a beleza dentro dos nossos corações, ficará muito mais fácil reconhecê-la nos lugares, nas

pessoas e nas coisas. Ela é para nós, uma referência, da mesma forma que sabemos distinguir o bem

pela referência que temos do mal. Para reconhecer a beleza, portanto, é preciso carregar um pouco

dela consigo, dentro dos olhos, dentro do coração.

Devemos ser como o girassol, que busca o sol, a vitalidade, a força e a beleza.

O cotidiano nos reserva diversos momentos de beleza, e é importante refletir

sobre isso. Precisamos enxergá-los com os olhos do coração, para apreciá-

los na plenitude.

Apreciar o amor profundo que alguém, em um determinado momento,

dirige a você. Apreciar o sorriso luminoso de alegria. Apreciar uma palavra

amiga, que vem soar reconfortante, reanimadora. Apreciar a festa dos animais,

a alegria e o riso das crianças. E quando ameaçarmos ficar de novo

mal humorados, tristonhos, desanimados, revoltados, que a força do

coração nos faça lembrar dos girassóis. Que nos desvie do caminho

equivocado, pois é um verdadeiro equívoco passar os dias sem ver a

beleza da vida